A revista "Zahara" é lançada semestralmente. Foto: mediotejo.net

A 41ª edição da “Zahara”, revista publicada pelo CEHLA – Centro de Estudos de História Local, é apresentada às 21h00 desta quinta-feira, dia 27 de julho, em Abrantes. O encontro decorrerá como habitual no edifício Sr. Chiado, na Praça Raimundo Soares, numa iniciativa aberta ao público e que recebe os autores do novo número para dar a conhecer, de viva voz, os temas que integram a publicação, ligados à antropologia, história local, sociologia, quotidiano e etnografia.

Nesta edição da Zahara, publicação que cumpre 21 anos de publicações regulares e ininterruptas, a revista apresenta um artigo de José Alves Jana sobre o emblemático café Tonho Paulos, as guardas de passagem de nível, parte da recolha de profissões em vias de extinção por Teresa Aparício, enquanto Joaquim Candeias da Silva escreve sobre Rio de Moinhos e Souto e os seus elementos para a história religiosa do concelho.

José Alves Jana escreve também sobre os 70 anos do Rancho do Pego, e Mário Jorge de Sousa prossegue com os artigos dedicados à Música no Sardoal, do passado aos dias de hoje.

Também de Sardoal, Dulce Figueiredo aborda o Externato Rainha Santa Isabel e a figura de Judite Serrão de Andrade.

O valor patrimonial da Quinta da Capela, em Rio de Moinhos, é o mote do artigo assinado por Joana Margarida Carvalho, enquanto Manuel Batista Traquina e Manuel Soares Traquina escrevem sobre as localidades do Souto, no norte do concelho de Abrantes, e sobre São Simão, no limite do concelho de Sardoal.

Do concelho de Gavião, Carlos Grácio traz a este número da Zahara a história do Coronel Jorge Saco, enquanto Lurdes Vicente e Vasco Marques contam a história da tradição de Cantar as Janeiras em Queixoperra, concelho de Mação.

Candeias da Silva escreve ainda sobre a paróquia de Montalvo, em Constância, enquanto João Pires Silva assina um trabalho sobre o Liceu de Abrantes em torno de uma foto antiga.

José Rafael Nascimento aborda a sátira política em Abrantes, sob o mote “O Môlho, a Tranca e a Foice”, enquanto Alves Jana fecha este número 41 da revista com um artigo sobre a antiga revista da EICA, a Vida Nova.

A publicação semestral, criada em 2002, é dirigida por José Martinho Gaspar e está de regresso para continuar a partilhar histórias das gentes e memórias da região, nomeadamente dos concelhos de Abrantes, Constância, Gavião, Mação, Sardoal, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.

Trata-se de um projeto único no país, levado a cabo desde 2002 pelos membros do CEHLA – Centro de Estudos de História Local de Abrantes, que integra a Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural, numa publicação ininterrupta ao serviço da memória e do património das gentes e da região.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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