O auditório Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim, do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), acolheu no dia 24 de outubro, cerca de uma centena de professores, investigadores de empresas e estudantes, num seminário internacional sobre a relação entre a quarta revolução tecnológica e as suas implicações sociais e culturais (o que no Japão foi designado como “sociedade 5.0”).

Na abertura dos trabalhos, João Coroado, vice-Presidente do IPT, destacou o programa que o Politécnico de Tomar desenvolve desde a sua fundação, e que articula tecnologias, património, artes e gestão, em torno de um foco humanístico orientado para o serviço à sociedade e ao território em que se insere.

A palestra de Nuno Madeira (IPT) e Luís Martins (ITPeople), focou a importância da revolução 4.0 para uma nova relação das pessoas com o conhecimento, ampliando as suas potencialidades cognitivas e os seus direitos, mas também os riscos dessa relação e deu o mote para um debate que se organizou numa sequência de comunicações, uma mesa-redonda e diversos posters referentes a projetos de investigação de docentes do IPT centrados na capacitação e vivência das pessoas e alinhadas às tecnologias. A relação entre estas tecnologias e as novas dinâmicas de gestão integrada do território foi discutida e demonstrada na palestra de Erika Robrhan-González (Instituto Documento, Brasil).

As diversas intervenções convergiram na necessidade de uma maior integração entre Humanidades e Tecnologias, focando diversos aspetos, nomeadamente: o uso de software de tratamentos de dados para análise de grande séries de documentação em arte com Catalina Balescu; a sua utilização didática com Dragos Gheorghiu; a dimensão humanística das tecnologias, mais concretamente, da internet das coisas  com Luís Oliveira, do IPT. Francisco Carvalho, do IPT, abordou as ferramentas de gestão. A tarde terminou com Ana Paula Machado,  Natércia Santos, ambas do IPT, Paulo Monteiro, da Softinsa, e Luís Curvelo, da Compta, que abordaram os desafios da integração.

Esta foi a primeira iniciativa da nova Cátedra IPT-UNESCO de Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território. Como explicou o seu coordenador, Luiz Oosterbeek, o objetivo da cátedra é desenvolver programas de investigação aplicada e de formação avançada na interface entre tecnologias e sociedade, a partir de das preocupações e perspetivas das Humanidades, promovendo a integração entre o “saber-fazer” e o “saber para que fim se deve fazer”.

Jornalista profissional há mais de 30 anos, passou por vários jornais diários nacionais, nomeadamente pelo 'Diário de Lisboa', 'Diário de Notícias' e 'A Capital'. Apaixonada pela profissão desde a adolescência, abraçou o jornalismo nas suas diversas áreas, desde o Desporto às Artes e Espetáculos, passando pela Política e pelos temas Internacionais. O jornalismo de proximidade surge agora no seu percurso.

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