Foto: Hugo Cristóvão

O Município de Tomar prossegue com intervenções de demolição e limpeza de terrenos no acampamento do Flecheiro, numa das entradas da cidade, onde há décadas se encontram instaladas famílias de etnia cigana e que chegou a ter mais de 230 habitantes.

A intenção é requalificar aquela área, dotando a cidade de mais uma zona ribeirinha e verde. Também previstas estão demolições de antigos edifícios empresariais e industriais ali existentes e já devolutos.

Foram demolidas barracas no início desta semana, onde residiam cerca de seis agregados familiares que já foram realojados pela autarquia, no âmbito do seu trabalho social para reintegração destas famílias na sociedade, com acompanhamento por uma equipa multidisciplinar do Município. 

“Estamos neste caminho para ‘esvaziar’ o Flecheiro para que possamos trabalhar no processo de reabilitação de toda aquela zona, algo que terá de acontecer no próximo ano para não se perder a oportunidade e os financiamentos já assegurados”, afirmou Hugo Cristóvão, vice-presidente da CM Tomar, na reunião de Câmara desta semana.

Segundo o vereador, dos cerca de 230 residentes, faltarão realojar cerca de 46 habitantes para dar por terminado o acampamento que marcou aquela entrada da cidade, paralela à Avenida Dom Nuno Álvares Pereira, nas últimas décadas.

ÁUDIO | Hugo Cristóvão, vice-presidente da CM Tomar

Recorde-se que a Câmara Municipal de Tomar procedeu a assinatura do protocolo entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Município de Tomar para financiamento de 2 milhões de euros para arranjo da margem direita do Rio Nabão, entre o Mercado Municipal e a zona do Flecheiro, no âmbito dos projetos de reabilitação e valorização fluvial ao abrigo do REACT-EU. 

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Joana Rita Santos

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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