O Complexo Cultural da Levada de Tomar, no edifício da Moagem, tem sido palco de várias ações de formação do projeto Salvaguarda e Revitalização das Artes Tradicionais da Festa dos Tabuleiros, um dos vencedores da 4ª edição do Programa EDP Tradições. O objetivo da iniciativa, que contou com 70 formandos, passa por permitir “adquirir técnicas e conhecimentos associados ao saber-fazer festivo, designadamente na confeção de flores em papel, Latoaria, Cestaria, Olaria, Rodilhas e Oficinas Criativas”, artes e ofícios ligados à Festa-maior dos tomarenses. No final de janeiro/início de fevereiro decorrerá o workshop dedicado à latoaria e cestaria, estando abertas as inscrições para os formandos.
De setembro a dezembro desenrolou-se a formação em Olaria ministrada por Celestino Marques que contou com 12 participantes, enquanto em novembro teve lugar a oficina criativa de João Videira com oito formandos para elaborar cestos a partir da lã de arraiolos.
Também foi ministrado um workshop de confeção de flores em papel com 12 participantes, a maioria constituída por estrangeiros residentes no concelho de Tomar, contando com a formadora Maria Vitória Simões.
No final de janeiro/início de fevereiro deste ano, iniciam os workshops de latoaria e cestaria e será concluída a formação de rodilhas. Os interessados em participar, de forma gratuita, devem inscrever-se através do email museologia@cm-tomar.pt.

Segundo a autarquia, posteriormente, também serão realizadas várias ações de sensibilização nos Agrupamentos Escolares do concelho, despertando o interesse em manter vivas estas tradições e património de Tomar.
De referir que a Câmara de Tomar submeteu candidatura ao Programa Tradições, da EDP, apresentando o projeto de Salvaguarda e Revitalização das Artes Tradicionais da Festa dos Tabuleiros, que foi aprovado e apoiado parcialmente. O mesmo desenrola-se através de ações de formação e workshops com os artesãos envolvidos no saber-fazer associado à Festa tomarense, caso da olaria, cestaria, confeção de flores e rodilhas, e outros.

O objetivo é partilhar estes saberes e preservá-los para memória futura enquanto identidade de um povo.
Recorde-se que Tomar entregou na DGPC o dossier de candidatura da Festa dos Tabuleiros a Património Cultural Imaterial (PCI) Nacional, que aliás está desde o verão passado em análise, num processo que foi o culminar após um ano e meio de preparação com inventariação e pesquisa.
Esta candidatura conta com trabalho de investigação e aconselhamento do antropólogo André Camponês e é coordenado pela Divisão de Divisão de Turismo e Cultura do Município de Tomar.

O próximo objetivo no horizonte é a candidatura a Património da UNESCO, sendo que um dos requisitos passa por obter reconhecimento enquanto Património Nacional.
Também está previsto, integrado na candidatura a Património Nacional, a implementação de um Centro Interpretativo da Festa dos Tabuleiros na Casa Vieira Guimarães.
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