Anabela Freitas. Foto arquivo: CMT

Já chegou a Portugal o autocarro da autarquia de Tomar que se deslocou à Polónia e de onde trouxe um total de 48 refugiados, quase todos mulheres e crianças. A presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, fez hoje um ponto da situação da missão Ucrânia, no que se refere às ações em curso por parte da edilidade.

Assim, a autarca deu conta que já chegou a Portugal o autocarro da autarquia que se deslocou à Polónia de onde trouxe um total de 48 refugiados. A iniciativa, que foi feita em articulação e a pedido do Governo português, permitiu trazer um conjunto de cidadãos ucranianos que têm familiares ou amigos em diversos pontos do nosso país, e que por isso vão ser deixados em Lisboa, vindo nesta fase, para Tomar, apenas uma pessoa.

Nos próximos dias, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, que tem estado a coordenar estas ações com os municípios, vai enviar quatro autocarros para trazer refugiados para a nossa região. Independentemente destes, há pessoas já a caminho do concelho de Tomar que, segundo a autarca, tem neste momento capacidade para acolher de imediato cerca de 70 ucranianos, com as devidas condições de alojamento.

O que está previsto para quem chegue a Tomar é que, além de habitação, sejam tratados desde logo todos os pormenores de legalização, nomeadamente para garantir que possam aceder ao mercado de trabalho, bem como de saúde, incluindo a monitorização de eventuais acompanhamentos médicos específicos de que precisem, bem como a possibilidade de procederem à vacinação contra a Covid 19, se for o caso.

Também as crianças serão de imediato colocadas nos estabelecimentos de ensino, estando igualmente previsto o apoio para os adultos com o ensino da língua portuguesa.

Do mesmo modo, estão sinalizadas diversas ofertas de emprego, sendo que, no âmbito do Médio Tejo, se pode vir a escolher o concelho onde uma família ficará a residir em função de possibilidade de ter ali um emprego a que se adapte.

No que se refere à campanha de apoio em bens para os refugiados em Tomar, os pontos de entrega são a Biblioteca Municipal (de segunda a sexta-feira, entre as 10 e as 18 horas) e o Mercado Municipal (ao sábado das 15 às 18 horas e ao domingo das 10 às 16 horas).

Anabela Freitas salientou que todas as ações da autarquia são em articulação com as entidades que estão a trabalhar no terreno e que, neste momento, a informação que tem é que não deverá ser entregue mais roupa, uma vez que a capacidade logística na fronteira polaca para a sua armazenagem começa a ser escassa, devido à necessidade de espaço para acolher o número crescente de refugiados que ali vai chegando.

A autarca frisa, mais uma vez, que, sendo bem-vindas todas as ações da comunidade, é importante que se privilegie o trabalho concertado entre as entidades no terreno.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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